terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os Supremos



Bom, andei falando muito dos quadrinhos da DC Comics por aqui e agora chegou a vez de falar um pouco sobre algo da Marvel. Para isso escolhi o título "Os Supremos"; parceria de Mark Millar e Bryan Hitch (roteiro e arte respactivamente). Resumindo a história, a Marvel decidiu recriar a origem de seus principais personagens, para isso lançou o Universo Ultimate, versão  alternativa do Universo tradicional da editora, porém com mais liberdade para os artistas trabalharem os personagens da forma que acharem melhor.
Dentre os títulos lançados nessa linha, indiscutivelmente, o melhor deles é Os Supremos. A ideia inicial é mostrar a tentativa dos Estados Unidos em criar uma equipe militar composta por super seres (no caso herois) para lidar com problemas que as tropas normais não poderiam, ou mesmo diminuir o contingente de soldados numa ação internacional. Até aqui uma hq não muito diferente do que tem sido feito nos quadrinhos ultimamente... O grande trunfo de Mark Millar é mostrar a formação da equipe e como esses herois, que até então trabalhavam sozinhos, lidam com o trabalho em grupo. As histórias tem uma grande ressonância com a realidade, adaptando fatos possíveis com as tramas ficcionais que sabemos serem impossíveis. Originalmente lançada em 2002, a trama carrega a influência dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, por isso a questão do terrorismo e dos ataques aos Estados Unidos se tornam muito presentes, porém, a hq é recheada de questões cotidianas como, por exemplo, as agressões domiciliares sofridas por uma das personagens e o grande retrato político que marcou uma época, ou seja, o governo de George W. Bush.
Contudo, apesar do grande apelo da história e a forma como esta é desenvolvida, o grande destaque fica por conta dos desenhos de Bryan Hitch, que consegue dar um estilo realista e crível aos personagens com imagens muito detalhadas e bem estruturadas que completam visualmente o roteiro de Millar, que abusa das cenas de ação em que os personagens são levados aos extremos de seus poderes.
O primeiro volume da série, composto de 13 edições, serviu como uma introdução ao grupo e como os personagens reagiriam a este grupo, já o segundo volume carrega mais nas implicações de como o super grupo é encarrado pelas pessoas e pelos outros países do mundo, um dos fatos mais interessantes da trama é que os Estados Unidos passaram a ter pessoas de destruição em massa, o governo pegou cada uma das características dos herois e pode simplesmente aplicar a outros soldados, o que descarta a necessidade de participação dos verdadeiros herois, como os outros países vão reagir a isto?
Estes volumes ainda são facilmente encontrados por aí, as edições encadernadas, que juntam todas as hitórias de cada volume, são ainda mais interessantes, pois contam com extras sobre a produção dos quadrinhos, o único problema é o preço salgado desses encadernados, mas posso garantir que a leitura vale cada centavo...    

Nenhum comentário: