segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um Estranho no Ninho



Acabei de re-assistir a este incrível filme com Jack Nicholson de 1975 e me peguei pensando na temática principal do filme: A Liberdade. Apesar de todo o pano de fundo tratar da loucura, fica muito presente a questão da liberdade desejada por McMurphy (Jack Nicholson). Este, para fugir das obrigações de trabalho na prisão, finge estar louco e é encaminhado a um sanatório para avaliação e possível tratamento.
O que ele realmente busca é uma liberdade idealizada, já que os loucos são loucos podem fazer qualquer coisa... Contudo, o que ele encontra é um sistema rígido e ordenado, que preza as regras e a rotina contínua para os pacientes do sanatório.
Não conseguindo se adaptar a esta rotina, o que McMurphy tenta é alterar a política interna e mostrar aos companheiros o que eles estão deixando pra trás. Os outros internos do local veem Mac (como passa a ser chamado) como algo que eles desejariam ser e ter, mas não podiam pela organização rígida do lugar. Acabam elengendo-o como "líder" do grupo, o que tem suas consequências. Mac é punido severamente algumas vezes, mas parece não se importar muito com isso.
Outro aspecto interessante é que Mac demonstra mais interesse pelos internos que os próprios médicos e enfermeiras. Ele inclusive os trata com mais dignidade que os demais, principalmente em contraposição à enfermeira Ratched, que é a personificação dos ideais do sanatório. Apesar de seus interesses próprios Mac sempre tenta mostrar aos demais que eles não precisam estar ali e que são tão loucos quanto qualquer pessoa "normal".
No fim do filme McMurphy encontra sua tão desejada liberdade, mas não da maneira que esperava... Com toda certeza, uma das melhores obras do cinema mundial, com nomes como Jack Nicholson, Danny DeVito, Christopher Lloyd e Louise Fletcher;  para os que ainda não assistiram vale conferir. 

Sinopse:
McMurphy (Jack Nicholson, maravilhoso) pensa poder fugir do trabalho na prisão fingindo ser louco. Ele é então enviado a um sanatório, onde deve lidar com uma realidade triste e dura, além de ter que encarar a enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher), que dificulta as coisas para ele.

Vencedor do Oscar de 1976 nas categorias de melhor filme, melhor ator (Jack Nicholson), melhor atriz (Louise Fletcher), melhor diretor (Milos Forman) e melhor roteiro adaptado.

domingo, 28 de novembro de 2010

Sandman



Eu sou fã de quadrinhos e não escondo de ninguém. Possivelmente minha HQ predileta seja Sandman, do escritor e roteirista inglês Neil Gaiman (autor de best-sellers como Deuses Americanos, Coraline e Anansi Boys). A hq foi criada em 1988 (por sinal o ano em que eu nasci) e fez parte do selo Vertigo da DC Comics, que era o responsável pelos quadrinhos adultos da editora...
Resumidamente a história conta parte da existência do Lorde Morpheus, senhor dos sonhos, e sua família, os perpétuos, além de sua relação com os humanos e outras formas de existência, sejam alienígenas, criaturas de sonhos e pesadelos, fadas, deuses antigos, demônios e outras entidades.
Para os que não conhecem as histórias e seus personagens vai uma breve explicação sobre os perpétuos; eles são manifestações antropomórficas (humanizadas) de aspectos ligados a todos os seres vivos (e alguns seres imaginários também), são eles: em ordem de "nascimento" Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo e Desespero (que são gêmeas) e Delírio, que também já foi conhecida como Deleite.
O título é uma grande mistura de histórias em quadrinhos com literatura, dramaturgia, história, filosofia, cultura popular de vários povos, mitologias diversas e rock n' roll. Talvez este seja o grande trunfo de Neil Gaiman, conseguir reunir tantos aspectos culturais diferentes num mesmo título. Outro ponto a ser comentado é a arte, principalmente das capas de Dave McKean (um dos meus artistas prediletos), o miolo da revista deixa um pouco a desejar, pois foram diversos desenhistas diferentes durante as 75 edições, mas também houveram excelentes artistas como Mark Buckingham... enfim, se arte não é um primor os roteiros compensam, com destaque para "Sonhos de uma noite de verão" adaptada do clássico de Shakespeare e ganhadora do World Fantasy Award.
Portanto, para aqueles que apreciam uma boa leitura (seja de livros ou quadrinhos) fica a dica... as revistas são facilmente encontradas para download e até mesmo para compras em sebos e até por internet; vale a pena.

Abraço a todos e até mais...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paul McCartney no Brasil

 

Paul-McCartney-Show-no-Brasil-em-2010

Em noite de lua cheia paul McCartney mostrou o caminho para a felicidade de milhares de fãs sortudos que puderam apreciar este que foi um dos maiores eventos do ano…

Pois é, 68 anos como se tivesse 20, este é Paul McCartney. O BEATLE (pois não existe ex-beatle), Paul McCartney esbanjou saúde, simpatia e bom humor, divertindo e emociando a platéia composta por diversas gerações de fãs.

Depois de seus shows no brasil só resta dizer que é um privilégio ter um músico destes ainda na ativa. Paul mostrou o que é ser um astro... foi super simpático, animadíssimo e principalmente, arrasou no show. E que show... uma aula de como se fazer um espetáculo: uma banda fatástica (como ele mesmo disse em bom português), um repertório mais que conhecido e admirado por todos, efeitos pirotécnicos e um beatle liderando tudo... dizer mais o que???

O inglês consegue fazer com que as três horas de apresentação passem depressa. Antes que as pernas comecem a doer, o primeiro bis já começou. Do início, com a dobradinha “Venus & Mars / Rock show”, até o encerramento ao som de “Sgt. Pepper’s lonely hearts club band”, todos parecem hipnotizados pelo carisma e bom humor de McCartney.

A primeira vez que sentou ao piano foi para tocar “Long and winding Road”, oitava música do repertório. Antes de se levantar, ainda embalou “1985”, “Let em in” e “My Love” – essa última dedicada aos casais de namorados (ele ainda explicou que a compôs para sua “gatinha” Linda) . Além disso ainda emocionaou a platéia ao lembrar de John Lenon antes de “Here Today”.

No ano em que se completaram 30 anos da morte de John, talvez este seja o maior tributo que Paul tenha feito, mantendo a lenda viva através das músicas desta que é de longe a maior e melhor parceria da música mundial.

Bem, depois disso só resta agradecer e torcer que os artisas da nova geração aprendam com Paul como se faz um show de verdade… sinceramente muito obrigado, Paul.

domingo, 21 de novembro de 2010

Eva Cassidy

eva cassidy
Bem, a música é parte integrante da vida minha, passo praticamente o dia todo ouvindo algo e esta cantora está entre as minhas favoritas. Assim sendo, resolvi contar um pouco da história dela e deixar uma dica aos que curtem um bom som... Então aproveitem...

Eva Marie Cassidy foi uma cantora norte-americana de vários estilos musicais: jazz, blues, folk, gospel e pop music. Apesar de tímida, era dona de voz expressiva e intérprete única que comovia como o fez com Sting, ao ouvir sua canção ‘Fields of Gold’ cantada por ela. Eva morreu prematuramente, aos 33 anos, vítima de câncer.

Eva nasceu em Oxon Hill, Maryland e adorava música desde pequena, especialmente folk e jazz e sua cantora preferida era Buffy Sainte-Marie. Eva aprendeu a tocar violão com o seu pai, Hugh. Anos depois na guitarra e no vocal juntou-se ao pai que tocava baixo e ao irmão Danny no violino.

Foi backing vocal ocasional para bandas de amigos até que o amigo de longa data Dave Lourim convenceu Cassidy a gravar algumas seções com o seu grupo de rock. No estúdio, Cassidy encontrou o produtor Chris Biondo, que impressionado com sua voz concordou em ajudá-la a montar uma fita demo. Cassidy se tornou uma presença regular no estúdio de Biondo, onde gravou uma grande variedade de músicas como vocalista de apoio para diversos artistas.

Incentivada por Biondo formou uma banda para tocar em clubes locais, onde começou a cantar apesar de seu desconforto devido a sua timidez. Em 1991, Biondo apresentou-a a Chuck Brown, guitarrista de jazz e considerado o criador da ‘go-go music’, um subgênero do funk desenvolvido em torno de Washington DC no final dos anos 70. Chuck Brown queria gravar um álbum de standards de jazz e blues, e encontrou em Eva a sua parceira ideal para um dueto sofisticado e com alma. E foi lançado o álbum ‘The Other Side’ em 1992 e no ano seguinte os dois se apresentavam ao redor de Washington.
Em 1993, Eva teve um tumor maligno removido e exames posteriores foram negligenciados. Pouco tempo depois, ela rompeu com Biondo, que tinha sido seu namorado durante vários anos, no entanto, eles continuaram o relacionamento profissional. No início de 1994, a gravadora ‘Blue Note’ mostrou algum interesse em Eva como vocalista para gravar com o grupo de jazz ‘Pieces of a Dream’, e eles gravaram o single ‘Goodbye Manhattan’. Em 1996, Cassidy fez dois shows no clube ‘Blues Alley’, e o álbum ‘Live at Blues Alley’ foi compilado a partir desses shows e lançado. Infelizmente, ele seria o único álbum solo da vida de Cassidy. Ela se mudou para Anápolis e começou a ter problemas com seu quadril; os raios X revelaram que havia fraturas, e os exames demonstraram que o melanoma de vários anos antes já havia se espalhado para os pulmões e ossos. Eva começou a quimioterapia, mas era demasiado tarde.

Um show beneficente em homenagem a ela foi encenado e Cassidy encontrou forças e usando muletas chegou ao palco para a sua última apresentação para amigos e admiradores cantando 'What A Wonderful World'. Por pressão da cantora celta Grace Griffith a gravadora ‘Blix Street Records’ liberou as gravações que Eva havia feito e em 1998 foi lançado ‘Songbird’. Em 2000, a gravadora lançou ‘Time After Time’, um conjunto de oito músicas de estúdio e quatro ao vivo que se mostrou um importante complemento ao legado de Eva Cassidy. Em 2002, a mesma gravadora lançou ‘Imagine’, um outro conjunto de gravações ao vivo e demos de estúdio.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mário Quintana

Eu sempre fui fã de Mário Quintana, desde a infância leio seus poemas e alguns deles acabaram se revelando muito especiais pra mim... Assim sendo, vale agora retribuir o favor e "divulgar" alguns deles...

CANÇÃO PARA UMA VALSA LENTA

Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso... de um gesto... um olhar...

QUANDO EU MORRER
 
Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!

Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...

Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr-de-sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas.

E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...

DA ARTE PURA
 
Dizem eles, os pintores, que o assunto não passa de uma
falta de assunto: tudo é apenas um jogo de cores e volumes.
Mas eu, humanamente, continuo desconfiando que deve haver 
algumas diferença entre uma mulher nua e uma abóbora.

 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mente Brilhante


Qual a diferença entre a genialidade e a loucura? Até que ponto ambas caminham juntas? Talvez estas sejam as questões principais do filme "Uma Mente Brilhante" (A Beautiful Mind, no original). O drama biográfico de 2001, com direção de Ron Howard e protagonizado por Russell Crowe e Jennifer Connelly, conta a história de vida do matemático John Forbes Nash, muito criticado por fazer alterações à verdadeira história em busca de maior dramaticidade e apelo comercial.
Apesar das críticas, o filme (assim como a história de Nash em si) é uma lição de vida e persistência. Para aqueles que se veem frustrados com problemas tão pequenos, esta história é um tapa na cara. Encarar a vida, os medos e ilusões como faz o protagonistas não é nada fácil...
Mais uma vez fica a questão: até onde loucura e genialidade são diferentes? Procure a resposta neste ótimo filme ganhador dos Oscars de melhor filme, melhor roteiro adaptado, diretor e melhor atriz coadjuvante. 

Sinopse

John Nash é um matemático prolífico e de pensamento não convencional, que consegue sucesso em várias áreas da matemática e uma carreira acadêmica respeitável. Após resolver na década de 1950 um problema relacionado à teoria dos jogos, que lhe renderia, em 1994, o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel (não confundir com o Prémio Nobel), Nash se casa com Alicia. Após ser chamado a fazer um trabalho em criptografia para o Governo dos Estados Unidos da América, Nash passa a ser atormentado por delírios e alucinações. Diagnosticado como esquizofrênico, e após várias internações, ele precisará usar de toda a sua racionalidade para distinguir o real do imaginário e voltar a ter uma vida normal.

domingo, 14 de novembro de 2010

Fotos

Estou colocando mais uma foto, espero que gostem...
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