quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tom Waits


Voltando a falar sobre minhas pequenas férias aqui do blog. Uma das coisas que mais fiz nesse período foi ouvir música, colocar as coleções de discos em dia e descobrir algumas coisas novas... Completei algumas discografias e comecei outras, entre essas está a discografia de Tom Waits, um cara que sempre adorei, mas conhecia poucas músicas.
Thomas Alan Waits nasceu em 1949 em Pomona, Califórnia, filho de descendentes de irlandeses, escoceses e noruegueses. Aos 10 anos aprendeu a tocar guitarra e piano e nunca mais parou. Em 1973 lançou seu primeiro álbum, Closing Time e nesse meio tempo começou a abrir os shows de Frank Zappa e John Hammond.
É muito difícil, pra não dizer impossível, rotular as músicas de Waits, ele passeia por estilos como o rock, jazz, blues, folk e qualquer outra coisa que possa tornar-se influência para suas canções. Ele mesmo declara que tem como influências características diversas que são encontradas em nomes como o do tenor irlandês John McCormick, o compositor argentino Astor Piazolla, e as cantoras Edith Piaf e Dinah Washington. Contudo, entre os anos de 1973 e 1983 fica clara a tendência jazzista de seus discos, tendência essa que é rompida a partir de Swordfishtrombones, álbum que marca seu início experimentalista.
Sua voz super rouca e as letras, muitas vezes estranhas, de suas canções são sua marca registrada. Provavelmente a melhor definição de Tom Waits parta de David Shoulberg, quando esse diz que ouvir Tom Waits é "como caminhar por uma cidade fantasma onde tudo é rangedor e arrepiado, mas com uma estranha sensação de paz."  
Nós brasileiros o conhecemos melhor pelo cinema que pelas músicas (ele também é ator). Waits participou de longas como Ironweed e Brincando nos Campos do Senhos, Drácula de Bram Stocker, O Selvagem da Motocicleta, e mais recentemente O Imaginarium do Dr. Parnassus (fazendo papel do Diabo).
Enfim, se você não conhece, vale a pena conhecer, mas não garanto que vá gostar. Ouvir suas canções deixa uma sensação estranha no ar, como se alguma coisa ficasse flutuando ao redor... O que posso afirmar é que será uma experiência musical única...

domingo, 7 de outubro de 2012

Novas Fotos

Nas minhas férias do blog fotografei bastante, e agora trago uma parcela das fotos que fiz nesse período. Tenho tentado fotografar mais em cores, visto que meu grande forte são as fotos em preto e branco. Admito que me surpreendi com algumas fotos coloridas e fiquei satisfeito com o resultado das mesmas (o que é muito difícil, considerando meu grau de exigência estética...). Como sempre, é só clicar nas fotos para ampliá-las, espero que gostem e assim que der tem mais!











terça-feira, 2 de outubro de 2012

The Walking Dead


Eu tirei umas pequenas férias do blog, tava cansado pelo trabalho, exposição e a correria do dia a dia e aproveitei pra colocar umas coisas em dia (filmes, livros, quadrinhos e outras coisas que curto). Depois desse período de "reculturização" (isso existe!?) retorno ao blog pra comentar algumas coisas que peguei esses dias.
Pra começar, vou falar sobre The Walking Dead (finalmente coloquei minhas mãos nisso), série de quadrinhos que abala o mercado internacional (pricipalmente após o lançamento da série de tv). Essa é uma das "novidades" que vem arrebatando o mercado e tomando uma parcela dos leitores de Marvel e DC (sendo originalmente publicada pela Image Comics).
Entrando de vez na história, The Walking Dead é escrita por Robert Kirkman e conta com desenhos de artistas diferentes, mantendo sempre um estilo próximo e ilustrações em preto e branco. A ideia em si não é das mais originais, visto que zumbis povoam o cinema e a literatura há muito tempo; porém, o diferencial de Kirkman é a forma com que ele trabalha os personagens e o modo como as coisas acontecem no decorrer da série. São situações imprevisíveis e dilemas morais e éticos fortes que mostram até que ponto um sujeito pode ir numa necessidade extrema. Acho que esse é um dos fatores que torna o quadrinho um clássico moderno, a maneira humana com que a trama é trabalhada.
Os personagens são tão bem construídos que fica difícil não se ligar a eles e acabar se importando com seus destinos. São situações que nos atingem e ficamos pensando o que faríamos no lugar dos personagens. 
Claro que não há grandes novidades no que Kirkman montou para a série, contudo, a coisa fica interessante quando começamos a notar o lado psicológico dos personagens (principalmente nos quadrinhos). Vemos as reações deles aos zumbis e a toda a merda que consumiu o mundo, a luta pela sobrevivência e a forma que isso afeta a cada um deles, as tentativas de se reorganizarem como uma sociedade e o declínio da civilização da maneira que a conhecemos.
Quando se começa a acompanhar a história, não imaginamos o quanto os protagonistas serão consumidos pela tragédia que ocorreu, mas aos poucos tomamos consciência do peso que Kirkman coloca nas costas dos coitados.
Se o roteiro dá um peso psicológico, a arte dos quadrinhos ajuda no impacto visual, os artistas são ótimos e conseguem demonstrar muito bem as intenções e expressões dos personagens, transformando um bando de palavras em cenas fortes que chocam os mais sensíveis. Dos desenhistas que passaram pela série até agora, pra mim o melhor é Tony Moore (Co-criador junto a Kirkman) que tem o estilo que mais me agrada, porém, todos os desenhos são ótimos.
Pra quem se interessou, as hq's são fáceis de encontrar pra download e a Devir tem lançado encadernados com várias edições juntas (um preço meio salgado, mas vale a pena). A série passou da edição 100, a mais vendida do século, com mais de 300 mil cópias nos EUA em sua primeira edição. Além dos quadrinhos também há a série televisiva (muito boa por sinal) que vale ser conferida pelo canal FOX.
No mais, espero que gostem da leitura e aproveitem as boas histórias. Em pouco tempo estarei de volta falando sobre as outras coisas que estive fazendo durante minhas "férias". Abraço a todos e até a próxima.