quinta-feira, 31 de março de 2011

Agradecimentos

Então, o tempo voa e com ele as postagens do blog... e assim chegamos à milésima visualização. Eu admito que não esperava atingir esse número em tão pouco tempo... Fazem apenas alguns meses que passei a postar com mais interesse e continuidade e em algo próximo de quatro meses chegamos ao número de visualizações já citado.
Por isso, muito obrigado àqueles que fizeram esse número possível, vocês leitores e seguidores.
Espero que esse número se multiplique rápido e que o blog possa perdurar por muitos anos. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Morre Elizabeth Taylor


Elizabeth Rosemond Taylor nasceu no dia 27 de fevereiro de 1932, em Londres. Começou sua carreira cinematográfica aos dez anos, contratada pelos estúdios Universal Pictures para a filmagem de There's One Born Every Minute, mas não teve o contrato renovado, o que não faria muita diferença. No ano de 1943 a pequena Liz destacou-se por um pequeno papel na série Lassie e aí não parou mais.
Já nos anos 1950 ela protagonizaria alguns dos maiores dramas do cinema, como: A Place in The Sun (Um Lugar ao Sol), Giant (Assim Caminha a Humanidade) e The Last Time I Saw Paris (A Última Vez Que Vi Paris). Contudo, seus filmes mais famosos são Cleópatra e Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?, onde fazia parceria com Richard Burton, com quem foi casada duas vezes.
Alcançou o auge da carreira ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz no ano de 1961 (ganharia novamente em 67 com Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?) com o filme Butterfield 8 e tornou-se a atriz mais bem paga do mundo. Além das realizações cinematográficas, Liz Taylor (como ficou mais conhecida) destacou-se também como grande filantropa, quando, nos anos 80, começou a levanar fundos para campanhas contra a Aids, logo após a morte de um de seus grandes amigos, Rock Hudson.
Na manhã do dia 23 de março de 2011, Elizabeth Taylor faleceu no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, onde foi internada para tratar de um problema de insuficiência cardíaca. A atriz tinha 79 anos e é uma das maiores perdas para o meio cinematográfico. Seus belos olhos azuis-violeta marcaram época e foram símbolo de uma das mulheres mais bonitas que o cinema já viu. Essa vai deixar saudades...

domingo, 20 de março de 2011

Frida Khalo


Depois de alguns dias sem postar nada devido à correria de faculdade e outras coisas, volto com a resenha e comentário de um dos meus filmes predilétos e que me marcou por anos. O filme em questão é Frida, cinebiografia da artista mexicana Frida Khalo, que é considerada a primeira pintora surrealista da América Latina.
O filme é a reunião de algumas das coisas que mais me atraem, sendo, pintura, fotografia, música, cultura, filosofia e uma história de vida daquelas que mal dá pra acreditar. É claro que o filme não é a transposição da vida de Frida para as telas de cinema, mas a essência está lá. A pintora mexicana é uma das pessoas mais sofridas de que se tem notícia, o que não a impediu de ser grandiosa em todos os sentidos. 
Na infância a poliomelite a deixou com uma das penas mais curta, problema que foi agravado com o acidente sofrido na adolescência. Na batida entre um bonde e um ônibus, Frida, que voltava do colégio, foi atingida por uma barra de ferro que atravessou seu quadril, teve lesões na coluna e um pé quebrado. 
Contudo, todo esse sofrimento carnal serviu de base para sua entrada no mundo das artes. Durante os meses de recuperação, de cirurgias ortopédicas mal sucedidas e todo o dinheiro da família gasto, ela se encontra nas telas em branco e passa a retratar seu sofrimento em forma de imagens surrealistas. Após sua recuperação ela procura Diego Rivera, muralista dos mais famosos e influentes no mercado artístico mexicano e que posteriormente viria a ser seu marido. 
Passado o casamento começa os tumultos devido à infidelidade de Rivera, o que aumenta ainda mais o sofrimento da protagonista do longa, culminando com a perda de um filho que era esperado pelo casal. Depois de pegar sua irmã e Diego juntos vem a separação e o divórcio, para voltar a um novo casamento um tempo depois. 
Uma das grandes controvérsias do filme é a impotância artística que Frida recebe em relação a Diego, que na verdade foi muito mais exultado que sua mulher, visto que Rivera era um dos maiores (se não o maior) ícones da pintura mexicana da época; o que pode ser relevado já que o filme trata da vida de Frida e não de Diego Rivera. Outro ponto enviesado é a tentativa de criar uma imagem mítica da pintora, fruto da admiração de Salma Hayek pela mesma (a atriz, que também é mexicana, afirma que Frida é uma das pessoas que mais a marcaram). Frida era comunista, bissexual, beberrona, fumante, filha de judeu alemão e mexicana cristã, ousada em tudo que fazia e principalmente, talentosíssima; teve casos com vários homens e mulheres, dentre os quais Rockefeller e Trotski e ainda encontrava tempo para ser uma mulher normal, ir ao mercado, cozinhar para o marido e cuidar dos sobrinhos; como não admirar uma mulher dessas?
Enfim, destaque para a montagem que é deliciosa e inovadora; as atuações de Salma e Alfred Molina (como Rivera) que possivelmente são as melhores de ambos os atores, a linda fotografia que integra o filme e a trilha sonora que é mais um personagem, e ainda conta com a participação de Caetano Veloso numa das faixas.
O filme é de 2002, tem direção de Julie Taymor e produção de Salma Hayek. Essa é uma daquelas histórias que sempre vão agradar ao público, independente de ser bem contada ou não, de tão fortes e marcantes que são seus personagens...

quarta-feira, 16 de março de 2011

O Lutador


Passados dois anos do lançamento do filme, peguei para reassistir esse longa de Aronofsky (um dos meus diretores favoritos atualmente), com uma sensação familiar depois de ver Cisne Negro pela quinta vez... O Lutador meio que serve de prévia (muito mais divertido e descomplicado) para Cisne Negro (ambos tratam da necessidade de aceitação de indivíduos fora de contexto na sociedade), fica parecendo que era a preparação do diretor para o próximo longa.
Mas, voltando ao filme... Este longa é uma adaptação do livro de Robert Siegel que conta a vida de um personagem ficcional, Randy "The Ram" Robinson, lutador de luta livre que teve seu apogeu nos anos 80, quando chegou a virar boneco e até mesmo video game. Este é um dos poucos casos em que considero o filme melhor que o livro, pois a adaptação de Aronofsky é carregada de emoção e força, coisas que o livro tem em grau um pouco menor.
20 anos depois de sua última grande luta Randy se mostra envelhecido e com poucos fãs, o dinheiro é escasso e as coisas não vão muito bem para o lutador. Mas, como tragédia pouca é bobagem, Randy infarta depois de uma luta e se vê obrigado a abandonar a única coisa em que era bom. Então ele busca o apoio e o consolo na única pessoa que lhe é próxima, uma stripper de boate chamada Cassidy (Marisa Tomei numa interpretação inacreditável).
Ela o aconselha a reaproximar-se da filha, o que não dá muito certo... afastado das lutas Randy tem de trabalhar no setor de frios de um supermercado para sobreviver; e até começa bem, mas aos poucos a degredação que o protagonista sente o faz ver que aquilo não é para ele, sua vida não é aquela... Determinado a fazer a coisa "certa", ele decidi voltar para um último combate, a reprise de uma antiga luta com o Aiatolá, seu maior rival nos tempos de glória. Aqui que as coisas tomam seu rumo e determinam a genialidade do filme e de Darren Aronofsky; este poderia ser mais um longa sobre a superação de um homem, mas não é. Randy Robinson não quer se superar, ele só quer ser aceito da forma que é, ser quem ele sempre foi e fazer o que mais gosta... Durante 20 anos ele viveu na pior, sabendo que as coisas não eram mais como ele gostaria, então, porque continuar a viver assim?
Eu não vou contar o final do filme, mas só posso dizer que aqueles que criticaram o filme por seu final e disseram que Aronofsky tinha feito um filme comercial e que só queria ganhar dinheiro para pagar as contas não sacaram nada de O Lutador, o fim do filme é mais que apropriado, pois não faz diferença o resultado, o futuro de Randy não importa mais, ele fez sua escolha e independente do que venha a seguir pra ele é indiferente... Esse é o grande lance.
Destaque para a trilha sonora com os melhores rocks da década de 80, as interpretações de Mickey Rourke (parece que o filme conta sua história, astro dos anos 80 que deixa tudo pra trás para lutar nos ringues e depois só busca aceitação) e Marisa Tomei. A direção impecável de Aronofsky não pode ser deixada de lado também. Aos que não tiveram o prazer de ver esse longa corram até o locadora e aluguem o dvd, vale cada segundo.  
   

segunda-feira, 14 de março de 2011

Monstro do Pântano e Alan Moore


Estava revirando meus gibis mais antigos e achei uma edição, da década de 1980, do Monstro do Pântano escrita por Alan Moore, peguei para reler e depois fiquei pensando no quanto as revistas do Monstro do Pântano tem influência nos quadrinhos desde a década de 80.
Bem, tirando o fato de Alan Moore ter escrito e ter influenciado Neil Gaiman, então jovem e pouco interessado nos quadrinhos, a largar o jornalismo e adentrar o mundo estranho das hqs, essas histórias antigas marcaram uma época e um estilo. Moore fez de tudo que pode com o personagem, explorou todos os estilos possíveis de terror e aprofundou ao máximo a personalidade e as características do monstro elemental. Mais de 20 anos depois dessas histórias ainda é difícil precisar a real dimensão da influência desse trabalho nas hqs.
O Monstro do Pântano tornou Moore famoso como roteirista e incentivou as grandes editoras americanas a investirem nos talentos britânicos, como o já mencionado Gaiman, Grant Morrison, Mark Millar, Dave McKean, Warren Ellis, David Lloyd entre outros. 
Contudo, acho que o grande mérito de Moore e do Monstro do Pântano são as histórias atemporais; reler obras de Claremont da mesma época evidencia os erros e tira o brilho de alguns roteiros antes tidos como magistrais, o mesmo vale para as obras "revolucionárias" de John Byrne, cheias de recordatórios e roteiros longos. As histórias de Moore são muito atuais, pois são contos sobre um ser elemental formado por plantas, mas que tem um caráter sentimental muito grande. Além disso, Steve Bissete e John Totleben, desenhos e arte final respectivamente, ajudam a criar a sensação de um organismo vivo nas histórias, parece que o próprio pântano adquiri vida nas páginas inspiradas desses artistas.
Aos interessados, corram aos sebos, busquem na internet, e lembrando, a falida e agora inexistente Pixel Editora lançou um albúm especial com A Saga do Monstro do Pântano, são 192 páginas, lançadas em 2007; o preço não é animador, mas, garanto que vale a pena ter na prateleira. 

sábado, 12 de março de 2011

A Saga da Fênix Negra


Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos... 
A Saga da Fênix Negra foi, possivelmente, o momento mais marcante na história dos X-Men... Era uma época em que a equipe estava no auge, e com toda certeza foi uma grande queda para os personagens... 
Jean Grey, mais conhecida como Garota Marvel, e o resto do grupo, foi ao espaço combater uma ameaça alienígena em conjunto ao Império Shiar. É lá que a Fênix se manifesta pela primeira vez e salva todo o universo  e assim começa a sega da Fênix Negra.
John Byrne (desenhista e co-roteirista) e Chris Claremont (roteirista) foram a melhor dupla que os mutantes já tiveram, era como Lennon e McCartney fazendo quadrinhos. Enfim, vamos à história... Jean é sequestrada pelo grupo Clube do Inferno; (mutantes milionários que desejam dominar o mundo) o objetivo do grupo era dominar e corremper Jean para, assim, derrotar os X-men. Junte a isso a instabilidade de Jean devido aos poderes crescentes da Fênix e você imagina o que os mutantes passaram.
Num ínterim, Charles Xavier descobre dois novos mutantes, Kitty Pride e Cristal, a primeira uma adolescente que acaba de descobrir seus poderes e a segunda uma artista de boates que faz shows e se aproveita de seus poderes. As duas acabam colaborando com os X-men e posteriormente Kitty se junta ao grupo.
Voltando à Jean, ela ajuda o Clube do Inferno a capturar os X-men, mas ao ver seu amado Scott Summers aparentemente morto, Jean se liberta da ilusão de Jason Wyngarde, o Mestre Mental, mutante capaz de criar ilusões.
Os X-men fogem com a ajuda de Jean, que nota que alguma coisa dentro dela está diferente... Os mutantes passam, então, a lutar com uma de suas companheiras, porém, são derrotados de forma humilhante pelos poderes da Fênix, que após a batalha se lança ao espaço atingindo outra galáxia. Num momento de loucura a Fênix se lança no centro de uma estrela consumindo sua energia e destruindo todo um sistema solar em instantes, causando a morte de milhões de seres.
Embriagada com tanto poder Fênix retorna à Terra e luta novamente com os X-men, que dessa vez, com o auxílio de Charles Xavier conseguem restituir a consciência de Jean, contudo, logo após a batalha os herois são abduzidos pelos Shiar para sua nau captânia. Jean deveria ser sacrificada pelos crimes que cometeu. Partindo em defesa da pupila Charles pede um duelo de honra pela vida de Jean, se vencerem todos ficam livres, se prederem todos morrem.
O duelo ocorre numa cratera da lua que tem condições semelhantes às da Terra. É a batalha final, os X-men contra a Guarda Imperial Shiar, os melhores combatentes do universo. Um a um os mutantes são derrotados até restarem Scott e Jean, que se apresentou para a batalha vestindo seu velho uniforme de Garota Marvel. Ao ver Scott ser atingido Jean perde o controle e manifesta a Fênix mais uma vez; agora a Guarda Shiar e os X-men se unem para evitar um massacre. Atingida por um golpe de Colossus em sua forma de aço, Jean recupera a consciência, mas sabe que não há o que fazer para deter a entidade cósmica que habita seu interior. Num momento de muita ternura e em tom de despedida Jean acessa sua telecinese e aciona uma arma de energia sacrificando-se em prol da existência do universo, diante de um Ciclope (Scott Summers) estarrecido e sem palavras. 
Esta foi a primeira baixa dos X-men. A primeira morte é sempre a mais marcante, ainda mais se é um membro tão querido como Jean Grey. A Saga da Fênix Negra marcou os mutantes para sempre, principalmente Scott que se afastou da equipe por um tempo e passou a questionar seu poder de liderança dentro dos X-men. Esta saga também marcou o fim da dupla Claremont-Byrne à frente dos mutantes e principalmente foi o fim de uma era. Depois dessa história os mutantes nunca mais foram os mesmos...
Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos... 

quarta-feira, 9 de março de 2011

L'illusionniste


Este é o título de um dos melhores filmes de animação que pintaram nesses tempos. Aqui no Brasil saiu com o nome de O Mágico, o que descaracteriza um pouco a história, pois o personagem título é um ilusionista e não um mágico. 
Este filme concorreu ao Oscar de melhor animação, perdendo para Toy Story 3. É uma animação de Sylvain Chomet, diretor do magnífico "As Bicicletas de Belleville" e conta com o roteiro original do antológico Jacques Tati. O Mágico narra a história de um ilusionista decadente da década de 60 que vê suas apresentações minguarem aos poucos, perdendo espaço para as novas bandas de rock que surgiam. Posso afirmar que não é um filme para crianças, com desenhos tradicionais, sem efeitos 3D, nem cenas chamativas de ação, fica difícil pra criançada acompanhar a história. É uma animação voltada para um público quase artístico, que cria uma ligação emocional com o longa e indentifica-se com os sentimentos dos personagens, que por sinal, são praticamente mudos e mesmo as poucas falas parecem desnecessárias diante das expressões e comportamentos dos personagens.
Estou evitando falar muito do roteiro para não dar spoillers, quero que as pessoas procurem e vejam o filme, para terem sua própria opinião, mas posso adiantar que não é um filme para o grande público, como por exemplo Toy Story, que agrada a grande maioria, mas, aqueles que se mostrarem abertos à experiência de ver e sentir esse longa sairão realizados e emocionados com as belas imagens, os fundos aguarelados, os traços suaves e as expressões magníficas que caracterizam os personagens.
Enfim, um filme para poucos, mas que vale muito a pena ver... quem se dispuser a esta "tarefa" se satisfará e muito; uma grande homenagem ao cineasta francês Jacques Tati e um grande trabalho de Sylvain Chomet.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Coco Antes de Chanel


Bem, eu adoro cinebiografias, sejam elas sobre pessoas reais ou não... E para este post decidi falar sobre o filme que representa a vida de Coco (Gabrielle) Chanel antes da fama; desde a garotinha abandonada num orfanato, passando pela auxiliar de costureira e cantora de cabarés para acabar no início da carreira de Coco Chanel, uma das estilistas que revolucionaram o mundo com suas roupas e seu jeito de ser. 
Então, grande destaque para a interpretação de Audrey Tautou que consegue mostrar com clareza a força de uma das mulheres mais determinadas que já existiu; e como não falar dos outros dois pilares do filme, Alessandro Nivola (que interpreta Arthur "Boy" Cape) e Benoît Poelvooerd (Étienne Balsan), ambos estão primorosos no longa, que por sinal conta com a direção da magnífica e produtíva Anne Fontaine, que já está na casa dos 50 anos de idade e nem por isso deixa de ser excelente, é como um bom vinho que fica melhor com o passar dos anos. 
Todos os fãs de Chanel sabem que Arthur Cape, um milionário inglês, foi o grande amor de Coco, além de grande incentivador, numa época em que as mulheres que trabalhavam não eram bem vistas. Contudo, apesar da grande interpretação do senhor Nivola, este é um dos pontos fracos do filme, a relação de Coco e Arthur, que na miha opinião foi mal explorada pela diretora, que criou um romenace lacrimoso que pode ser conferido em outros filmes de menor qualidade. Enfim, este é um pecado pequeno comparado ao resto do longa.
Para terminar, basta dizer que a trilha sonora é perfeita para o filme, trabalho de um dos melhores da última década, Alexander Desplat. Outro destaque fica por conta do figurino, que num filme que retrata a vida de uma das maiores estilistas do mundo não fica devendo em nada. No fim das contas, entre erros e acertos, acho que os acertos se sobrepõe, e se o longa não é um marco do cinema mundial, ao menos vale a pena dar uma conferida, porque há muitos filmes piores por aí.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Forrest Gump

Depois de alguns anos assisti a um dos meus filmes prediletos e que, apesar de lembrar de várias cenas, não me recordava das emoções que acompanham o filme; é impossível ficar indiferente à algumas cenas que realmente emocionam.
O longa retrata a história de Forrest Gump, personagem-título, que se encontra sentado num ponto de ônibus enquanto conta sua história de vida para ouvintes que se substituem no decorrer da longa história. Forrest nasceu com problemas físicos e mentais, ele tinha um desvio grande na coluna e um Q.I. bem abaixo do normal, contudo, isso não o impediu de ser uma das pessoas mais interessantes e fantásticas do mundo.
Com o pai tendo abandonado a família, Forrest foi criado pela mãe, que sempre fez o possível para dar tudo o que podia a Forrest, dentre essas coisas, uma boa educação e foi justamente no primeiro dia a caminho da escola que ele encontrou o amor de sua vida, Jenny, uma garotinha que sofria abusos do pai e que marca o filme por se tornar um contraponto à história de sucesso do protagonista. Jenny se envolve com quase tudo de ruim que marcou as décadas de 60 e 70, desde drogas à tentativa de suicídio.
Voltando a Forrest, foi num encontro com Jenny, quando criança, que ele descobriu que podia correr muito, ao ser perseguido por "colegas" de escola, ele se viu obrigado a correr e em consequência disso quebrou o aparelho que usava nas pernas para poder corrigir a coluna. Esta é uma das cenas mais profundas e marcante do filme, pois mostra a libertação de um indivíduo das correntes que o prendiam, sejam físicas ou psicológicas.
Não vou me prender muito à história, pois acho que a maioria das pessoas já a conhecem, e os que não conhecem eu recomendo que vejam o filme, por isso não darei detalhes da história. O longa é simplesmente fantástico do começo ao fim, conta com um elenco escolhido a dedo para os papeis, o que torna impraticável uma regravação no futuro. O interessante é que Tom Hanks não era a escolha principal, os indicados iam de Bill Murray a John Travolta; o que depois de ver o longa, se torna impensável dizer que Tom não deveria fazer o filme. Além dele, estão no longa, Gary Sinise (Tenente Dan), Sally Field (mãe de Forrest) e Mykelti Williamson (Bubba) e claro, Robin Wright Penn (Jenny).
Outro destaque fica por conta da trilha sonora que conta com músicas de nomes como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Simon & Garfunkel e Bob Dylan. Ganhador de 6 Oscars (Melhor Ator para Tom Hanks, Melhor diretor para Robert Zemeckis, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição de Filme, Melhor Fotografia e Melhor Adaptação) além de mais outras 7 indicações. 
O filme é uma mistura de momentos cômicos com momentos muito sentimentais e delicados, o que envolve o espectador e o encanta a cada cena; algumas frases me marcaram muito, entre elas: "idiota é quem faz idiotices", "a vida é como uma caixa de bombons, nunca se sabe o que vai encontrar" e a melhor de todas, "eu não sou esperto, mas sei o que é o amor". Enfim, é um filme para ser visto várias vezes, tanto quanto puder, é uma lição de vida e bom humor e um tapa na cara de muita gente. Abraços a todos e curtam o filme, vale muito a pena.