domingo, 29 de julho de 2012

Le Voyage Dans La Lune


Começando a comentar os filmes da minha lista de 50 pra ver antes de morrer (começando com atraso por sinal...). O primeiro da lista é Viagem à Lua, filme de George Méliès produzido em 1902, e posso dizer que foi proposital esse ter sido o primeiro filme a ser marcado.
Esse curta metragem francês (são aproximadamente 14 minutos) revolucionou a hisória do cinema ao ser a primeira produção a contar com efeitos especias, sem falar que pode ser considerado o primeiro filme de ficção científica e o primeiro a tratar de seres alienígenas. Só pra referência, o curta é baseado em duas obras da literatura, Da Terra à Lua (Julio Verne) e Os Primeiros Homens na Lua (H. G. Wells).
O que marca esse filme como um dos principais da história do cinema é o fato da inovação trazida por Méliès, enquanto os irmãos Lumière filmavam cenas cotidianas da população francesa, Méliès dava asas à sua imaginação e transformava suas visões em imagens até então nunca vistas antes... Para tanto, ele criou um estúdio para criar seus filmes, utilizava fantasias chamativas, maquiagens berrantes, além de outras técnicas para montar as imagens da forma que vizualisava. Se hoje em dia estamos habituados a ver filmes com milhares de efeitos, cenários computadorizados, personagens que nem existem fisicamente... enfim, tudo isso teve início com Viagem à Lua. 
Outro ponto interessante é que Le Voyage Dans La Lune (título original) pode considerado, também, o primeiro filme colorido; foi encontrada uma cópia em 2002 com os negativos pintados à mão, criando uma aparência ainda mais extraordinária à pelicula.
Pra quem nunca viu aí vai um pequeno resumo do curta (se é que dá pra resumir): Um congresso é realizado entre vários cientístas e estes decidem fazer uma viagem à lua. Chegando lá eles encontram habitantes hostis, os selenitas, são capturados e levados ao rei das criaturas. Os cientísticas conseguem escapar e fogem de volta à Terra, onde são recebidos com festa. 
Recomendo a todos que vejam esse curta, é muito legal ver as origens do cinema de fantasia e ficção... Ele é facilmente encontrado no youtube, basta procurar pelo título... Espero que gostem e até a próxima (e que não demore tanto...)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Leica Preto e Branco


A Leica (uma das principais marcas de câmeras fotográficas que existe) vem preparando um lançamento que vai mexer com o mundo da fotografia digital, a Leica M Monochrom; uma câmera digital full frame (o sensor dela é do tamanho de um negativo 35mm) de 18 megapixels e que fotografa exclusivamente em preto e branco...
Não é uma enorme revolução de mercado, visto que o público da Leica é reduzido à umas poucas pessoas que podem pagar pequenas fortunas numa câmera, mas, apesar disso, é uma novidade que as grandes Nikon e Canon ainda não implementaram.
Quem me conhece bem sabe que sou um fotógrafo quase exclusivamente P&B, e sempre desejei uma digital que chegasse próximo à qualidade dos filmes monocromáticos de antigamente, mas até então isso não parecia possível. Para quem não entende muito de fotografia, posso dizer que é muito diferente fotografar de forma direta em preto e branco e fotografar colorido para converter em P&B... O preto e branco puro carrega melhor na luminosidade e no contraste, mostrando todos os detalhes de luzes e sombras que a imagem pode ter.
Foi justamente isso que a Leica afirma ter conseguido, um sensor digital capaz de "ver" a imagem em preto e branco, onde cada pixel que compõe a foto teria uma leitura exata dos valores de luminosidade. Até aqui é tudo um paraíso, mas agora que as coisas começam a complicar... Há muito tempo que a Leica tornou-se uma marca de boutique, que atende um público reduzido, oferecendo para o mesmo o que há de melhor na engenharia de imagem, sendo assim, já sabemos que barato esse lançamento não vai ser... A marca alemã já anunciou que o valor deve ser algo em torno dos U$ 8 mil dólares (possivelmente esse seja apenas o valor do corpo, sem lente) o que a torna inviável a 99% dos fotógrafos...
O que me anima é que outras marcas devem entrar nessa onda e levar a ideia adiante e acredito que em poucos anos essa tecnologia já seja acessível à grande maioria das pessoas. Agora é cruzar os dedos e ficar na torcida, ou se alguém tiver uns 20 mil reais sobrando, eu aceito um presente...  

sábado, 14 de julho de 2012

50 Filmes Para Ver Antes de Morrer

Estava eu conversando com um amigo esses dias e falávamos sobre cinema, ou mais precisamente, filmes que não se pode deixar de ver... Depois de algum tempo discutindo, ele me pediu que elaborasse uma lista com 50 filmes que eu achava fundamentais na história das telonas. Bem, aceito o pedido, coloquei-me a fazer a tal lista. Parti de algo em torno de 200 longas, curtas e animações e fui cortando, arduamente diga-se de passagem, até chegar ao número desejado.
Essa lista não representa os melhores filmes de todos os tempos, mas sim aqueles que considero serem relevantes e marcantes de alguma forma, seja por uma atuação, a fotografia do filme ou mesmo a influência deste nas décadas seguintes... Tentei ser o mais abrangente possível, seja em estilos, diretores ou países de origem, mas como 50 é um número bem limitado, sempre haverá aquele que discorda de determinado filme, preferindo outro em seu lugar. Para essas pessoas, digo apenas que essa lista é uma escolha pessoal e não tem a mínima pretensão de ser absoluta em qualquer sentido que seja.
Ah, aos poucos vou comentar cada filme aqui no blog também (acho que um por semana)... A ordem dos filmes é completamente aleatória, sem significar que os primeiros filmes são melhores ou mais relevantes que os últimos. No mais espero que gostem, qualquer coisa é só comentar, deem suas opiniões e podemos conversar sobre o assunto. Grande abraço e até a próxima.

1- Viagem à Lua (George Méliès)
2- O Garoto (Charles Chaplin)
3- Metropolis (Fritz Lang)
4- Encouraçado Potenkim (Sergei Eisenstein)
5- Casablanca (Michael Curtiz)
6- Um Estranho no Ninho (Milos Forman)
7- Fahrenheit 451 (François Truffaut)
8- Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore)
9- Bonequinha de Luxo (Blake Edwards)
10- Acossado (Jean Luc- Goddard)
11- La Dolce Vita (Federico Felini)
12- Três Homens em Conflito (Sergio Leoni)
13- Luzes da Cidade (Charles Chaplin)
14- O Último Tango em Paris (Bernardo Bertolucci)
15- O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola)
16- Os Imperdoáveis (Clint Eastwood)
17- O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (Jean Pierre Jeunet)
18- Dogville (Lars Von Trier)
19- Deus e o Diabo na Terra do Sol (Glauber Rocha)
20- Cães de Aluguel (Quentin Tarantino)
21- Volver (Pedro Almodovar)
22- Réquiem Para um Sonho (Dareen Aronofsky) 
23- Forrest Gump (Robert Zemeckis)
24- O Show de Truman (Peter Weir)
25- Zorba- O Grego (Michael Cacoyanis)
26- Silêncio dos Inocentes (Jonathan Demme)
27- 8 e Meio (Federico Felini)
28- O Pianista (Roman Polansky)
29- O Grande Ditador (Charles Chaplin)
30- Cantando na Chuva (Stanley Donen)
31- O Sétimo Selo (Ingmar Bergman)
32- Matrix (Larry e Andy Wachowsky)
33- Laranja Mecânica (Stanley Kubrick)
34- Star Wars - O Império Contra Ataca (George Lucas)
35- Psicose (Alfred Hitchcock)
36- O Segredo dos Seus Olhos (Juan José Campanella)
37- 8 Mulheres (François Ozon)
38- A Viagem de Chihiro (Hayao Myazaki)
39- Blade Runner (Ridley Scott)
40- O Mágico (Sylvain Chomet)
41- Meia Noite em Paris (Woody Allen)
42- Yojimbo (Akira Kurosawa)
43- Teorema (Pier Paolo Pasolini)
44- Cidadão Kane (Orson Welles)
45- O Discreto Charme da Burguesia (Luis Bunuel)
46- Hiroshima Meu Amor (Alan Resnais)
47- Terra em Transe (Glauber Rocha)
48- Crepúsculo dos Deuses (Billy Wilder)
49- Cleópatra (Reuben Mamoulian)
50- A Lista de Schindler (Steven Spielberg)



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Led Zeppelin


Dia Internacional do Rock and Roll, eu não poderia deixar passar essa sem falar de uma das minhas bandas preferidas, ou seja, Led Zeppelin. Adoro música, e o rock sempre esteve presente nas minhas listas musicais (juntamente ao Blues, Jazz, Bossa, Clássica e outros gêneros e sub-gêneros). Desde criança a música tem sido fundamental para minha vida, meu processo criativo e, porque não, educacional, sempre estive envolvido com as melodias diferentes que ouvia.
Enfim, voltando ao assunto principal deste post; o Led Zeppelin foi montado em 1968 na boa e velha Inglaterra e desde o início manteve sua formação com Robert Plant nos vocais e ocasionalmente na gaita, Jimmy Paige na guitarra, John Paul Jones no baixo e ocasionalmente nos teclados e John Bonham na bateria e percussão.
O grupo é considerado um dos precursores do Heavy Metal e do Hard Rock, mas a verdade é que o Zeppelin não possui um estilo definido e carrega consigo dezenas de referências a outros estilos e movimentos musicais. A banda foi responsável por um grande número de inovações no cenário do Rock, como o uso de guitarras mais pesadas e distorções mais fortes que as demais, além dos vocais de Plant que possuem um timbre único e agregam muito à sonoridade do grupo. Isso sem falar das já citadas influências e misturas qur fizeram com que o Led Zeppelin tivesse um dos sons mais característicos entre todas as bandas que ouvimos (é impossível confundir as músicas do grupo).
Essas são algumas das características que levaram a banda a ser a única a colocar todos seus álbuns na lista dos mais vendidos da Billboard americana e alcançar a marca de 300 milhões de discos vendidos (marca essa que continua crescendo mesmo em tempos de mp3).
Contudo, não são esses os pontos que fazem do Led Zeppelin uma das minhas bandas preferidas, e também não é isso que me fez escrever um post sobre eles. O que adoro nesse grupo, é que acredito ser esta uma das duas bandas que são imutáveis e insubstituíveis (a outra seria os Beatles). Antes que me queimem numa fogueira, permitam-me explicar... Eu acho que as duas únicas bandas em que seus membros tem todos o mesmo peso musical são os Beatles e o Led Zeppelin. É difícil encontrar uma banda em que um membro não se destaque sobre os demais, isso ocorre com o Angus Young no ACDC, Fred Mercury no Queen, Mick Jagger nos Stones, e por aí vai... Porém, se formos analisar, no Led Zeppelin cada integrante tem igual importância, não dá pra imaginar a banda sem os vocais de Plant ou a guitarra de Jimmy Paige, o mesmo ocorre com a bateria de Bonham e o baixo único de John Paul Jones; não dá pra substituir ninguém.
E foi justamente essa marca que fez com que a banda fosse dissolvida após a morte de John Bonham em 1980; como colocar outra pessoa para tocar bateria em seu lugar? Assim como cada integrante dos Beatles vai sempre ser um Beatle, o mesmo ocorre com o Zeppelin, cada integrante sempre fará parte da banda e não há o que discutir nesse sentido, não existe um ex-Led Zeppelin, existem os quatro caras que mudaram as regras do jogo na década de 1970 e marcaram seus nomes na história do Rock.
Adoro quase tudo no Rock 'n' Roll, mas o Led Zeppelin tem um cantinho especial... Espero que compreendam o que eu tentei mostrar nesse post e quem não gosta do Zeppelin, paciência, ninguém é perfeito...  

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Marvel Versus DC nos Cinemas



Como grande fã de quadrinhos e cinema que sou, não poderia deixar de comentar a briga "sadia" entre Marvel (Homem Aranha, X-Men, Homem de Ferro) e DC (Batman e Superman). Não é novidade nenhuma que as duas concorrentes ampliaram seus domínios às salas de cinema e estão disputando os fãs com produções milionárias uma atrás da outra.
Se nos gibis a DC Comics tem os grandes ícones, nos cinemas a coisa muda de figura. A Marvel mostrou-se melhor preparada para agradar aos fãs e tem conseguido uma audiência fiel para seus vários longa-metragens, que superam a concorrente em qualidade e quantidade.
os principais personagens da Marvel já tem suas produções cinematográficas asseguradas e até mesmo sequências bem produzidas, vide X-Men e Homem de Ferro (Homem Aranha eu fico apenas com os 2 primeiros londas, o terceiro e o novo não valem a pena). Isso sem mencionar a produção com o super grupo Vingadores (até então o melhor filme do ano na categoria). 
Contudo, se a DC Comics está perdendo terreno nos cinemas por falta de quantidade e qualidade nas transposições de seus personagens para as telonas, ela ainda tem o grande trunfo nas mangas e ele se chama Batman. Desde que o segundo filme do morcegão chegou ao fim as pessoas esperam pelo terceiro longa. Criou-se uma atmosfera de grande evento por trás do lançamento do filme e todos estão à espera do que promete ser um dos melhores filmes sobre personagens de quadrinhos da história do cinema (comparável apenas a Batman - The Dark Knight). 
Se a Marvel tem a vantagem de possuir uma galeria cinematográfica melhor que a concorrente, a DC tem em suas mãos o produto perfeito. A união de Batman com o cinema nunca havia rendido bons filmes (quem não se lembra dos longas de Tim Burton e Joel Schumacher?), mas, desde que Christopher Nolan assumiu as rédeas, o Cruzado Encapuzado retomou seu lugar de destaque e promete não sair de lá até o fim do ano... Agora, a grande questão é, Christopher Nolan já disse que este é seu último filme do morcegão por enquanto (ele foi contrado para uma trilogia e é isso que fará), quando ele sair das produções de Batman levando consigo Christian Bale (outro que deve sair após o terceiro filme), o que a DC fará para sustentar o posto que atingiu com esses longas?
Enquanto isso, do outro lado da mesa, a Marvel já apronta a terceira parte da trilogia do Homem de Ferro, outros filmes da linha X-Men e mais uma trilogia do Homem Aranha, sem falar na, já aguardada, sequência de Vingadores... Não sei o que vai rolar daqui pra frente, mas garanto que as coisas só tendem a esquentar. Bem ou mal a disputa Marvel x DC permanece, seja nos quadrinhos ou nas salas de cinema. Agora, eu diria que a balança está pendendo para o lado da Marvel, mas daqui quinze dias (pra ser mais exato 27/07, lançamento de Batman - The Dark Knight Rises no Brasil) a DC equilibra a luta novamente.

domingo, 8 de julho de 2012

Steve McCurry

Voltando a falar sobre grandes fotógrafos (coisa que tem um tempinho que não faço), escolhi o grande Steve McCurry dessa vez. Steve McCurry é americano e inicialmente estudava cinematografia pela Univerdidade da Pensilvania, mas acabou formando-se em Artes Cênicas em 1974. Teve seu primeiro contato com a fotografia participando de um jornal universitário, onde pode se desenvolver e adquirir o gosto pelas imagens.
Seu primeiro trabalho "real" com fotografia, foi a cobertura da invasão soviética ao Afeganistão. Para realizar essa cobertura ele precisou desfarçar-se como habitante local para esconder sua origem e seu equipamento. Por ser um dos primeiros a fotografar a situação, suas imagens foram altamente divulgadas, elevando seu status no meio fotográfico e o levando a compor a equipe da Agência Magnum (de Cartier-Bresson e Robert Capa).
Suas imagens são consideradas algumas das mais emblemáticas da revista National Geographic e carregam todo o contexto histórico e social de seus fotografados. Somos apresentados a pessoas de diferentes partes do mundo e através da images de McCurry passamos a conhecer um pouco mais de suas sociedades e costumes. Steve McCurry fotografou conflitos em Países como Afeganistão, Camboja, Filipinas, Libano e outros países da África, Oriente Médio e Ásia.
Como sempre, é só clicar nas imagens para ampliá-las; espero que gostem e até a próxima...











    

domingo, 1 de julho de 2012

Réquiem Para um Sonho


Voltando a falar sobre cinema (não canso disso...). Desta vez escolhi algo especial, eu tenho Dareen Aronofsky como um dos melhores diretores da atualidade (pra não falar o melhor), tanto que comentei alguns filmes dele por aqui, mas desta vez a coisa é diferente, escolhi meu filme predileto do diretor, ou seja, Réquiem Para um Sonho.
Desde o início de sua carreira (em Pi) Aronofsky sempre buscou explorar o lado psicológico de seus personagens, nem sempre de forma sutil ou mesmo delicada, preferindo "enfiar o dedo na ferida" e ir fundo nos traumas de cada um deles. Por isso Réquiem é meu longa predileto, é neste filme que essa característica se faz mais presente.
O filme é uma epopeia sobre os vícios, sejam de quais tipos forem, temos como tema básico três jovens viciados em heroína e cocaína e a mãe de um deles, viciada em televisão e anfetaminas. Porém, não se engane, isso é apenas um meio de mostrar os vícios internos que cada um de nós carrega.
Sara Goldfarb (viciada em televisão, inicialmente e posteriormente em anfetaminas), mãe de Harry (viciado em heroína), tem de sobreviver com as idas e vindas do filho drogado que empenha os utilitários domésticos para fazer dinheiro e sustentar o consumo de drogas. Uma idosa, viúva e com um filho viciado, que prefere iludir-se frente à tv a encarar a realidade de sua vida miserável.
Harry Goldfarb (já citado antes) busca o ideal de riqueza e felicidade trabalhando pouco (o sonho americano), e para isso, decidi juntar-se a Tyrone, seu melhor amigo, e revender a droga, que até então consumiam. Tyrone por sua vez, quer dar-se bem na vida, chegar lá não importe as consequências, enquanto Marion (namorada de Harry e viciada em cocaína e heroína) busca abrir uma loja de roupas mostrando seus designes inovadores e demonstrando que pode sobreviver sem a interferência dos país ausentes que a sustentam com dinheiro e nada mais.
Voltando a Sara, ela é convidada a participar de um programa televisivo, a realização de um sonho, aparecer na tv. Para isso ela decide vestir um velho vestido vermelho que não serve mais, a solução é emagrecer, então procura um "médico" para ajudá-la nessa missão. Aqui temos o claro exemplo de como a tv pode comandar a vida de alguém, que passa a existir em função de programas e aparências formados pela indústruia televisiva. Sua vida gira em torno da possibilidade de aparecer numa programa de tv.
Já seu filho prospera no negócio e as coisas vão bem, o dinheiro entra fácil e os três amigos prosperam com facilidade, afundando cada vez mais em suas ilusões... Até que as coisas se complicam e as drogas ficam escassas, já não tendo mais jeito de vender (nem mesmo de conseguir para consumo próprio). 
É nesse ponto que as coisas começam a ficar interessantes, vemos, cada vez mais claramente, o quanto uma pessoa pode degradar-se para conseguir o que tanto quer, mesmo sabendo que está ultrapassando seus próprios limites.
Há dezenas de filmes sobre o consumo de drogas e as formas de vícios vinculados às mesmas, porém Réquiem é diferente. Não vemos o mundo underground das drogas, com becos escuros e consumo escondido, temos um mundo real que bem poderia ser do seu vizinho ou até mesmo de um parente. O que temos em mãos não é um drama hollywoodiano barato mostrando o quanto pode ser ruim usar drogas, temos um filme psicologicamente forte, que mostra as reais consequências de um mundo deturpado pelo vício, seja ele em heroína ou na sociedade da mídia que impõe suas vontades de forma ditatorial.
O longa é baseado no livro de Hubert Selby Jr., Last Exit to Brooklin, publicado em 1964 e que já teve uma      versão cinematográfica em 1969 (Noites Violentas no Brooklin). Aronofsky aproveita-se do dinamismo de sua direção para compor um cenário quase onírico para seus pesonagens, explora angulos diferentes, usa lentes grande angulares para imagens pouco vistas nos cinemas, além de uma montagem fragmentada que eleva o longa à uma obra de arte perturbadora.
Todas essas características fazem do filme um imenso, violento e perturbador manifesto contra o uso de drogas e, apesar de ser recomendado para maiores de 18 anos, acredito que todos, principalmente os mais jovens, deveriam assistir esse longa (polêmicas à parte, acho que deveria ser exibido em escolas e praças públicas).
Enfim, se você gosta de um bom filme e está com os nervos em dia, fica a dica; um dos filmes mais pesados que já vi, sem concessões e com os 20 minutos finais mais angustiantes da história do cinema (isso fica por minha conta), mas que vale cada segundo.