quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Árvore da Vida

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Depois de toda a correria dos último dias (fim de curso na faculdade, provas, monografia), tenho um tempo pra postar alguma coisa e como faz algum tempo que não falo nada sobre cinema, vou aproveitar para falar hoje sobre o longa A Árvore da Vida, do diretor Terrence Malick.
O filme busca mostrar a origem e o significado da vida pelos olhos de uma família americana, mais precisamente do Texas, na década de 1950. O diretor é conhecido por mostrar seus personagens experimentando o mundo, procurando encontrar-se no mundo que habitam, porém sempre há um impedimento; nos filmes anteriores (seus primeiros filmes foram Terra de Ninguém de 1973 e Cinzas no Paraíso de 1978) as convenções sociais eram esses impedimentos; em A Árvore da Vida essa relação é mais profunda e subjetiva, ela se presentifica pela autoridade de um pai com relação a sua família.
Somos guiados pela vida de Jack, o filho mais velho do casal O'Brien. Seja pela intransigência do pai, pela morte do irmão ou pelas relações complicadas com os familiares, Jack sempre se viu privado de algo, sensação essa que o acompanhou até a vida adulta. Porém, a culpa não é do personagem de Brad Pitt (o pai), nem da criação rígida dos anos 50, no longa, o próprio conceito de paternidade caracteriza castigo, mantendo as referências cristãs dos longas anteriores. 
Me parece que o filme busca mostrar que todos nós estamos sucetíveis a sofrimentos e perdas, todos somos vis de alguma forma, mas apesar disso, devemos perdoar e amar a todos pois nossa passagem pelo mundo é muito breve. Não quero estragar a história para aqueles que ainda não assistiram, mas posso adiantar que é um filme que não agradará a todos, assim como uma obra de arte tem seus admiradores e seus críticos, esse filme desagradará a muitos, mas vale a pena ser assistido, se você tiver paciência para isso.
Se você for uma pessoa que admira belos trabalhos, histórias densas e bem produzidas este é um filme a ser assitido, agora se você é fã de filmes como Crepúsculo, Harry Potter e outros blockbusters que só estão interessados no seu dinheiro, deixa pra lá e vá assistir a Sessão da Tarde...

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