quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bastardos Inglórios

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Quentin Tarantino detona... É isso que posso dizer do diretor americano que tem no currículo obras como Cães de Aluguel, Kill Bill e (pra mim o melhor de todos) Bastardos Inglórios. Esta postagem é exatamente sobre esse filme lançado em 2009.
Tarantino fez uma colcha de retalhos de outros filmes, estilos, diretores e demais... só pra dar exemplo: o título do filme é o mesmo de um antigo filme italiano (também de guerra) de 1978, (a diferença é que este é um Tarantino) a trilha do filme tem Ennio Morricone, retirado das trilhas dos faroeste de Sergio Leone, sem falar dos duelos, sejam eles armados ou falados. De Truffaut vem a Shoshanna Dreyfus de Mélanie Laurent, que tem uma construção interessante no 3° capítulo e que é super nouvelle vague... isso só pra dar um gostinho, os cinéfilos vão achar muito mais coisas.
Enfim, voltando para o filme; o coronel nazista Hans Landa (Chistoph Waltz, que merecia um Oscar pela atuação) faz uma visita à casa de um fazendeiro francês em plena ocupação alemã e, num diálogo certamente inusitado para a temática, descobre a presença da família de Shoshanna debaixo da casa do fazendeiro, mata todos menos a bela Shoshanna que foge e vai parar em Paris.
Enquanto isso, o tenente Aldo Raine (Brad Pitt num papel impagável) reune um grupo de soldados com o objetivo único de matar nazistas. Eles ficaram conhecidos como Os Bastardos e não perdoavam ninguém, os poucos sobreviventes eram marcados com a suástica para serem sempre lembrados como soldados de Hitler. 
Os Bastardos se juntam à atriz alemã Bridget von Hammersmark (Diane Kruger) num plano para derrubar o 3° Reich e liberar Paris da invasão, o que faz com que seus destinos cruzem o caminho da jovem Shoshanna, que planeja sua própria vingança.
O filme segue uma linha simples e dá ênfase aos personagens de Tarantino, que são esteriótipos puros (do americano caipira ao alemão engomado, passando pela francesa blasé) o que economiza nas explicações e torna o filme mais simples e divertido. O que gerou um pouco de reclamação é a eterna violência dos filmes de Tarantino, mas posso dizer que neste ela está bem abrandada; se você não ligar em ver alguns escalpelamentos e tacos de baseball detonando rostos, não há do que reclamar. Aos que não gostam, bem, não assistam ao filme pois, todo mundo já viu o quanto Quentin Tarantino é irresponsável.
Pra fechar, este é filme de guerra com duas horas e meia de duração e que mesmo que tivesse cinco horas seria interessante; é um daqueles longas que é impossível se manter neutro, não dá pra não gostar (ou odiar). Aos que não tiveram a sorte de assitir, bem, procurem na locadora mais próxima e depois digam o que acharam... Pra mim Tarantino arrasa e é isso que conta.

Elenco: Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz, Eli Roth, Michael Fassbender, Diane Kruger, Daniel Brühl, Til Schweiger, Gedeon Burkhard, Jacky Ido, B.J. Novak, Omar Doom, August Diehl, Denis Menochet.

Direção e Roteiro: Quentin Tarantino

Um comentário:

vinicius disse...

Adorei BAstardos inglórios. Fiel como sempre as causas sangrentas, Tarantino continua atuando no memso formato, pouco roteiro e muita qualidade apológica a violência, o que o torna um dos mais singulares diretores de sua categoria. Ainda sim sou bem mais fã de Drink no inferno e pulp fiction, aonde os roteiros são mais bem associados com a loucura das cenas causando na minha concepção um resultado mais satisfatório.