Depois de algum tempo sem postar nada, eu retorno com a resenha do filme O Vencedor, ganhador dos Oscars de Melhor Atriz e Ator Coadjuvantes. O filme retrata a história real do boxeador do Lowell, Micky Ward, e seu irmão, também boxeador, Dick Eklund. O drama dirigido por David O. Russell tem como pano de fundo a família desconjuntada de Micky, que se vê quase obrigado a participar de lutas de boxe desfavoráveis para manter a família unida, sua carreira não muito promissora e seu relacionamento com a garçonete de bar Charlene.
Micky é treinado por seu irmão Dick, ou melhor dizendo, deveria ser treinado, visto que Dicky é viciado em crack e está quase sempre na casa de amigos se drogando. A mãe e empresária de Micky está mais interessada no dinheiro das lutas que na felicidade e segurança do filho; isso sem falar na penca de irmãs que não saem do pé do lutador.
Pra melhorar um pouco as coisas, Micky encontra Charlene e os dois começam um relacionamento, o que obviamente não é o mais interessante para a família do protagonista que tenta interferir ao máximo na alegria dos dois. Mas, como desgraça pouca é bobagem, Dick é preso após se passar por policial e na confusão Micky tem a mão quebrada e também vai preso. Após pagar fiança Micky é solto, mas Dick permanece preso e passa por maus bocados enquanto vê um documentário sobre seu vício em crack ser exibido na televisão.
Nesse meio tempo Micky tenta recuperar a mão quebrada e voltar às lutas, o que acontece aos poucos... Além de todos os problemas, ele ainda tem que lutar contra o preconceito das pessoas de sua cidade que viram o documentário sobre o vício do irmão. O lutador do Lowell resurge como uma surpresa aos descrentes e com a ajuda de Charlene e de alguns amigos as coisas começam a caminhar bem.
Contudo, apesar de todos os problemas gerados pela família Micky, que se mostra muito dependente e carente, aceita Dick novamente como seu treinador, após este ser solto da prisão, e prepara-se para a disputa de um título.
Esta é a história de superação de dois irmãos que lutaram contra tudo e todos para poderem sobreviver e ser o que quiseram ser. O filme não é nenhuma obra prima, há alguns buracos no roteiro e a interpretação de Mark Wahlberg (Micky Ward) deixa a desejar, as cenas das lutas de boxe são um pouco clichês e o único grande mérito fica para a participação de Christian Bale (Dick Eklund) que mostra sua versatilidade como ator e toma conta das cenas que participa.
O filme vale como divertimento para uma tarde chuvosa, mas não espere nada além disso, não é um longa que prima pela emoção do espectador e nem cria grande expectativa; novamente, vale como sessão da tarde.
Um comentário:
O filme vale um texto gostoso como o seu cha(X)ará.
Abração!
Berzé
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