Bem, como fã de quadrinhos que sou, decidi comentar aqui uma das melhores histórias que já li nos meus anos de quadrinhos. Nada mais nada menos que a morte de Jason Todd, o Robin da década de 1980.
O ano era 1988, o Batman estava às vésperas de completar 50 anos e a DC Comics decidiu dar um presente aos fãs do homem morcego, eles poderiam decidir a conclusão de uma história, ou seja, pela primeira vez o público poderia escolher o final que quisesse. Denny O'Neil, editor dos títulos do Batman na época, organizou uma votação por telefone onde, no fim das contas, as pessoas decidiriam se Batman manteria seu status quo inalterado (Robin vive e as coisas ficam na mesma) ou se o cruzado encapuzado voltaria às suas origens de combatente do crime solitário.
A votação foi feita, o resultado apurado e a decisão acatada. Em números apertados (5.343 a favor da morte e 5.271 contra), ficou-se decidido pela morte de Jason Todd e assim foi. O Robin era instável e muita vezes impulsivo em suas ações, o que colocava em risco as missões da dupla dinâmica e até mesmo a vida dos herois. Nesta história não deu outra. Após rápida batalha o Coringa assassina Jason Todd (que foi considerada uma das morte mais impactantes dos quadrinhos, perdendo apenas para a morte do Superman; que é outra história).
No arco A Death in the Family ("Uma morte em família") Jason descobre que sua mãe não era sua verdadeira mãe, com isso ele procura por sua mãe biológica. Após ir atrás de várias pistas, Jason encontra sua mãe, Sheila Haywood. Mas esse encontro não foi primoroso já que Jason descobre que ela está trabalhando para o Coringa. Poucos minutos depois Coringa chega e, com um pedaço de metal, surra brutalmente Jason e deixa uma bomba no local para matar ele e sua mãe. Os dois tentam sair de lá desesperadamente mas não conseguem e a bomba acaba explodindo. Batman chega tarde demais, Jason morre em seus braços e Sheila morre dizendo a Batman que seu filho morreu tentando protegê-la. Após o funeral, Bruce guarda o uniforme de Jason na Batcaverna.
O arco foi escrito por Jim Starlin e desenhado por Jim Aparo e é um dos principais momentos do Cavaleiro das Trevas, pois retoma a origem solitária do personagem, além de contar com a participação pública.
Mais uma vez, este é um dos momentos mais marcantes das histórias em quadrinhos e vale a pena ser lido. Não é muito fácil de se encontrar esta história, mas em 2009 a Panini lançou um encadernado contendo esta e algumas outras histórias relacionadas e talvez essa edição seja encontrada em sebos e mesmo na internet.
Abraços a todos e boa leitura.
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