domingo, 29 de setembro de 2013

Post Final

É com muito pesar que venho aqui pela última vez, despedir-me de todos e agradecê-los pela companhia nesta Zona Perdida. Chegou aquele momento da história em que as pontas soltas são amarradas, a trilha sonora sobe e a imagem começa a escurecer e pouco a pouco os créditos e agradecimentos tomam o lugar da história...
Foram pouco mais de 3 anos, quase 20.000 visitas, 165 posts e algumas histórias contadas. Foi uma experiência sensacional, mas como tudo na vida, chegou o momento de fechar essa porta.
O blog continua ativo, mas não haverão novas postagens. Se alguém tiver o interesse em assumir esse espaço, fique à vontade, será um prazer poder colaborar, mas infelizmente, não tenho mais tempo para pesquisar, escrever, postar, comentar...
No fim de tudo, não resta muito a dizer, apenas um muito obrigado e nos vemos por aí!

Pela última vez; clique na imagem para ampliá-la
  

sábado, 6 de abril de 2013

Bronson


Sabe aquele filme que a gente assiste e não consegue desgrudar os olhos, e depois fica pensando nele o dia todo; pois é, BRONSON segue esse modelo. O longa é dirigido pelo talentoso Nicolas Winding Refn e data de 2008.
O filme narra a história de Chales Bronson (nascido Michael Peterson), o prisioneiro mais violento de toda a Inglaterra. Em 1974 Peterson, aos 19 anos, foi preso por roubar uns trocados em uma agência postal inglesa e foi condenado a pesados 7 anos de reclusão. Foi durante esse período que Peterson retomou seu apelido (dado por ele mesmo) dos tempos de boxe de rua. Os sete anos se transformaram em 14, devido à sua violência e algumas situações com reféns, sendo que, boa parte desse tempo foi passado na solitária.   Em 1988 Bronson foi libertado e passou 69 dia livre, após os quais, foi novamente preso por roubo. 
Desde então, ele permanece preso. São 34 anos de reclusão (mais de 30 deles passados na solitária). Sua condenação foi perpétua, apesar de nunca ter matado ninguém. Charles Bronson passou por (incríveis) 120 penitenciárias, 3 hospitais psiquiátricos de segurança máxima e em 1999 ganhou sua própria unidade prisional. É o detento mais caro de todo o reino unido, tendo custado mais de 10 milhões de dólares aos cofres da rainha.
Tudo isso parece muito absurdo (ainda mais num país como a Inglaterra), mas posso garantir que a história é verdadeira. Justamente por isso que o filme se torna tão interessante; Widding cria uma atmosfera exuberante, com uma fotografia bem estilizada, mas que retrata as situações bizarras que o personagem título criou na realidade.
É aqui que entra a genialidade de Tom Hardy. Inicialmente, estava cotado para o papel Jason Statham, mas devido a sua agenda lotada, Hardy foi escolhido; o que foi perfeito. Hardy é extremamente semelhante a Bronson e se entregou de corpo e alma ao personagem (me pergunto porque ele não foi indicado a nenhum prêmio).
Contudo, ainda é a história verídica de Bronson que toma conta do longa. Widding não chega a aproveitar dez por cento de toda a história do personagem. Só como exemplo, em certa ocasião, Charlie pediu uma boneca inflável, um helicóptero e uma xícara de chá como resgate de seus reféns, em outros casos, ele apenas cantava "Yellow Submarine" (música dos Beatles).
Tudo o que Michael Peterson sempre quis foi ser famoso, e ele conseguiu. Lançou 11 livros (dos quais alguns foram premiados), tornou-se o preso mais notório do Reino Unido, um artista reconhecido (depois de um tempo, as penitenciárias passaram a negar o material de arte de Bronson, o que só o deixou mais irritado e violento) e pra completar a lenda, agora ele tem seu próprio filme.
Muitas pessoas chamaram o filme de novo Laranja Mecânica (Clockwork Orange, filme clássico de Stanley Kubrick), o que é um exagero (mas não por muito...). O longa tem um espírito perturbador e conta com uma personalidade muito forte, principalmente pela trilha sonora bem trabalhada e pela atuação excepcional de Hardy (no filme que o levou à parceria com Christopher Nolan em "A Origem" e o terceiro filme da trilogia Batman). Enfim, daqueles filmes que não se pode deixar de ver... Super recomendo. 

Ah, uma visita à página da wikipedia de Bronson é altamente recomendada antes de ver o filme... 

domingo, 31 de março de 2013

Livros que você tem que ler...

Sempre gostei de ler e sempre li muitos livros e sabendo disso, uma amiga me pediu pra fazer uma lista de livros que ela precisa ler de qualquer forma... Aqueles títulos que mudaram a história da literatura, aqueles tão bons que nos prendem da primeira à última frase... Pensando nisso, fiz uma lista com os livros que acho essencias para qualquer pessoa que goste de literatura. Portanto, deixando de enrolação, vamos logo ao que interessa... Adianto que muitos desses títulos podem ser encontrados em PDF na internet, inclusive para download gratuito.

Hamlet - William Shakespeare
A Divina Comédia - Dante Alighieri
Madame Bovary - Gustave Flaubert
A Ilíada - Homero
Huckleberry Finn - Mark Twain
A Odisséia - Homero 
A Arte da Guerra - Sun Tzu
Fausto - Goethe
Livro do Desassossego - Fernando Pessoa
Sonhos de Uma Noite de Verão - William Shakespeare
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
A Náusea - Jean Paul Sartre
Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
On The Road - Jack Kerouac
O Velho e o Mar - Ernest Hemingway
Cartas a Um Jovem Poeta - Rainer Maria Rilke
Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marquez
Dom Quixote - Miguel de Cervantes
Moby Dick - Herman Melville
A Metamorfose - Franz Kafka
Crime e Castigo - Dostoiévski
Frankenstein - Mary Shelley
Don Juan - Lord Byron
Ulysses - James Joyce
Orgulho e Preconceito - Jane Austen
Coração das Trevas - Joseph Conrad
O Idiota - Dostoiévski
Anna Karenina - Tolstói
Assim Falou Zaratustra - Nietzsche
Os Miseráveis- Victor Hugo
Grande Sertão Veredas - João Guimarães Rosa
Memórias de Minhas Putas Tristes - Gabriel Garcia Marquez
Robinson Crusoé - Daniel Defoe
Um Estudo Em Vermelho - Sir Arthur Conan Doyle
Os Crimes da Rua Morgue - Edgar Allan Poe
Guerra e Paz - Tolstói
A Idade da Razão - Jean Paul Sartre
1984 - George Orwell
Germinal - Emily Zola
A Comédia Humana - Balzac
O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
O Médico e o Monstro - Robert Louis Stevenson
Macunaíma - Mário de Andrade
Som e Fúria - Faulkner
Morte em Veneza - Thomas Mann
Ensaio Sobre a Cegueira - Saramago
Farda, Fardão, Camisola de Dormir - Jorge Amado
Antologia Poética - Vinicius de Moraes
Vinhas da Ira - John Steinbeck
Os Lusíadas - Camões
O Grande Gatsby - Scott Fitzgerald
The Waste Land - T. S. Eliot
Gata em Telhado de Zinco Quente - Tennessee Williams
Por Quem Os Sinos Dobram - Ernest Hemingway
Razão e Sentimento - Jane Austen
Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll

(Ufa... Ficou maior do que eu imaginava... Mas com certeza ficou muita coisa de fora, muitos dos escritores aqui citados têm obras fantásticas, mas me limitei a no máximo 2 livros de cada autor, mas vale pequisar todos eles...)
  

sexta-feira, 29 de março de 2013

Tyrannosaur



Voltando a falar de cinema depois de muito tempo... Tenho assistido muitos filmes ultimamente, mas são poucos os que valem comentários. Contudo, descobri um filme inglês que me tirou de órbita. Sempre gostei do cinema europeu, principalmente dos franceses e italianos, e nunca liguei muito para o cinema da Inglaterra... Até tenho alguns filmes ingleses, mas nunca tinha visto nada excepcional, até agora.
Tyrannosaur é o filme de estreia de Paddy Considine na direção de um longa metragem. O filme é um soco no estômago... Daquelas histórias fortes que nos prendem do início ao fim. Quando descobrimos a origem do título, já estamos fragilizados demais, mas ainda é um choque. 
O roteiro mostra a história de um homem em decadência (em todos os sentidos). Sem motivos para continuar a viver e completamente solitário, ele acaba conhecendo uma boa mulher, religiosa e generosa; mas que também encara sua cota de problemas pessoais. O encontro dos dois muda ambas as vidas de forma irrevogável.
Peter Mullam e Olivia Colman ( os atores principais) transformam esse drama numa obra soberba, são atuações para marcar a vida cinematográfica de qualquer ator. Em outro ponto, Considine consegue criar uma atmosfera melancólica e dramática, partindo dos suburbios cinzentos da velha Inglaterra, tornando o ambiente outro personagem do longa.
O final é bastante dramático e pode ser, até mesmo, chocante para alguns, mas nem por isso deixa de carregar um lirismo único que marca toda a obra. Eleito o melhor filme britânico de 2011, o longa de estreia de Paddy Considine merecia até mais. É um daqueles filmes a serem vistos muitas vezes no decorrer do tempo e, com certeza, sempre surpreenderá em algum aspecto.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Portfolio 2013

Sempre que sobra um tempinho a primeira coisa que faço é pegar a câmera e sair pra fotografar, e vez ou outra acabam saindo boas fotos... Aproveitando essas ocasiões, montei o portfolio com as fotos do fim do ano passado e as novas imagens desse ano. Espero que gostem e como sempre, basta clicar nas imagens para ampliá-las.















    

sábado, 23 de março de 2013

O Bar do Fim do Mundo

Meu Deus, quanto tempo não apareço por aqui... Trabalhando muito e sem tempo pra manter o blog atualizado (lamento muitíssimo por isso), mas aos poucos as coisas vão se acertando e sempre que possível postarei algo. A postagem de hoje é uma volta aos velhos tempos. Uns anos atrás eu costumava escrever alguns contos, mas fazia tempo que não escrevia nada. Hoje bateu a vontade e fiz um pequeno texto que já me deu ideia para um conto maior, vamos ver se consigo fazer... Espero que gostem e se puder postarei com mais frequência...

O BAR DO FIM DO MUNDO

Caminhava pela rua sem destino certo. Era uma manhã quente e o suor escorria e embaçava meus olhos. Na tentativa de fugir da claridade do dia, encontro abrigo no ambiente escuro de um bar; o primeiro que vejo aberto – talvez por ainda ser manhã e os bêbados veteranos estarem chegando em casa.
Sento-me ao balcão e peço um uísque com gelo. Enquanto o bar tender prepara a bebida ouço os primeiros acordes de uma antiga música do Sinatra. Esforço-me pra lembrar o nome, mas apenas fico com a imagem do velho Frank dançando na minha cabeça. Tomo um grande gole do uísque – que tem gosto mais estranho que do me lembrava – enquanto meus olhos finalmente se acostumam à falta de luz do lugar.
Acendo um cigarro enquanto o garçom limpa o balcão com o pano mais sujo que já vi. Não tem mais ninguém no bar e o universo parece resumir-se a mim, meu amigo silencioso atrás do balcão, o gelo que derrete lentamente no copo e a fumaça do cigarro que serpenteia acima da minha cabeça. Termino de tomar o resto da bebida, sentindo o paladar aveludar-se ao gosto áspero.
Peço outro uísque enquanto Sinatra canta as últimas palavras da música esquecida. Meu companheiro coloca um novo copo na minha frente, o gelo e a bedida reluzindo sob a luz fraca, metade do meu pequeno universo acaba de ser recriada. No rádio o noticiário começa com o informe de uma explosão numa rua próxima.
Dessa vez viro o copo todo num único gole e fico pensando em como não ouvi a explosão que ocorrera tão perto. Sentado no banco desconfortável do balcão de um bar de quinta categoria, mal ouvindo o que o radialista noticia sobre os pobres feridos localizados a poucos metros.
Levanto-me e pergunto ao companheiro desse universo paralelo quanto devo pelos drinks, ele me faz um sinal com a cabeça e diz que é por conta da casa – primeira vez que ouço sua voz. Agradeço e quando abro a porta sou atingido por uma luz que me cega instantaneamente, como se abrisse as portas do paraíso.
Dou um passo à frente, a porta se fecha às minhas costas e ainda cego pela claridade ouço o caos das sirenes de carros de bombeiros, ambulâncias e policias. Pessoas correm para todos os lados, há gritaria e o som de uma nova explosão – dessa vez escuto perfeitamente. A realidade me acerta como um tapa no rosto.
Viro às costas ao mundo e volto pro interior agradável do bar; agora sou recebido pela voz doce de uma cantora que desconheço, cantando uma música que nunca ouvi. Retomo meu lugar no balcão e peço outra dose de uísque. O garçom me sorri com dentes amarelos e serve a bebida sem falar uma palavra. O tempo para novamente e acendo outro cigarro, ofereço ao meu amigo e ele aceita com um gesto de agradecimento. Acho que é o começo de uma bela amizade...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Primeiras fotos de 2013

Tenho andado muito relaxado com o blog, mas infelizmente o tempo tem sido cada vez mais curto e alguma coisa sempre acaba ficando em segundo plano. Faz um tempinho que não postava nada, mas pretendo remediar a situação e voltar a postar com regularidade (mas não prometo nada hehe). Pra começar bem o novo ano, chego com novas fotos minhas e espero que gostem... Como de costume, basta apenas clicar nas imagens para ampliá-las. No mais, um feliz 2013 pra todo mundo!