sexta-feira, 29 de junho de 2012

The History of Sadness

Tem dias que saio pra fotografar e as fotos acabam caindo no meu colo; essa foi uma dessas ocasiões, indo à casa da minha irmã mais velha encontrei minha sobrinha chorando por bobeira e pra acalmá-la um pouco acabei fazendo um mini ensaio com a situação e depois, assistindo um filme encontrei o título perfeito pro ensaio, The History of Sadness (A História da Tristeza, melhor impossível...). Ela é muito fotogênica e sempre rende boas fotos, então não poderia ser diferente... Espero que gostem das fotos, como sempre é só clicar nas imagens para ampliá-las.






quinta-feira, 28 de junho de 2012

The Sadness

Tem vezes que saio para fotografar e tiro centenas de fotos e depois, quando vou conferir o trabalho, encontro uma ou outra que realmente me agradam e satisfazem. Às vezes uma foto fica tão boa que não tem como não gostar (o que é muito raro visto meu grau de autocrítica) e acho que essa é uma delas. Daquelas fotos que a gente faz sem pretensão, mas que acabam nos surpreendendo... Espero que gostem também.  


quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Vida Secreta das Abelhas


De vez em quando aparecem filmes que  me surpreendem, o que admito, tem sido muito raro ultimamente, mas ainda acontece... E hoje, 27 de junho, foi um dia em que encontrei um desses filmes. Uma amiga me passou uns filmes e dando uma olhada nos nomes nada me interessou muito, mas como tinha tempo sobrando e não tava a fim de ver filme repetido decidi assistir A Vida Secreta das Abelhas (The Secret Life of Bees). 
Com muito ceticismo fui, aos poucos, sendo tomado pela história do longa metragem, que não tem nada de mais, não há ineditismo algum e muito menos grandes surpresas, contudo, há um roteiro bem montado com uma história honesta e emocionante sem ser piegas, o que, convenhamos, já é muito hoje em dia. 
Sendo década de 60, era impossível o filme não contar um pouco do início dos direitos civis para os negros americanos e, na minha opinião, é justamente onde o longa acerta. Digo isto como destaque ao elenco feminino que compõe a obra; temos Dakota Fanning, Jeniffer Hudson, Alicia Keys (que me surpreendeu) e Queen Latifah (que finalmente tem um bom papel).
O filme é de 2008 e não contou com grande aprovação da crítica americana por tratar da história de uma garotinha em transição para a adolescência, considerando a trama muito clichê. Lamento informar que em dias como os nossos os clichês são quase impossíveis de se evitar, porém, acredito que o que realmente faz a diferença é a forma como o clichê é trabalhado e nesse sentido A Vida Secreta das Abelhas se sai bem.
O título é referência ao livro homônimo de onde a obra é baseada, mas é importante salientar que trama e título tem uma relação um pouco mais íntima e não muito direta; não vou esclarecer esse ponto pois acho importante cada um ter sua interpretação e isso faz diferença no todo do filme.
Enfim, um bom filme com excelente elenco, produção de Will Smith (fico me perguntando quando ele vai assumir uma direção) e história daquelas que é difícil não gostar... Super recomendado aos cinéfilos de plantão, esse vale conferir; grande abraço a todos e até a próxima.

domingo, 17 de junho de 2012

Kill Bill


Não é segredo pra ninguém que um dos meus diretores prediletos é Quentin Tarantino, um cara que revolucionou o cinema quando chegou com seus roteiros entrecortados, a narrativa ágil e as cenas marcantes, principalmente pela violência; isso sem falar nos diálogos que podem ser caracterizados apenas como únicos... Até então, poucos tinham feito o que ele conseguiu, fazer filmes com uma linguagem rápida, direta e cheia de simbolismos e referências à diversas formas de cultura.
Agora, dentre todos os filmes do diretor, porque falar justamente do duo Kill Bill? (Quentin tinha a intenção de fazer apenas um grande filme que, como antigamente, teria um intervalo no meio da sessão, mas por motivos comerciais foi obrigado a desistir da ideia.) No meu ponto de vista, Kill Bill marca um crescimento e amadurecimento reais do diretor, que tinha ficado 6 anos sem rodar nada, tudo por conta do fracasso dos longas anteriores (Four Rooms e Jackie Brown).
Kill Bill traz à tona um novo Quentin Tarantino, buscando uma transição, uma mudança de rumo... E podemos dizer que ele conseguiu isso pela personagem de Uma Thurman (A Noiva, Beatrix Kiddo, Mamba Negra). A personagem é uma marca de quase tudo o que Tarantino não tinha até então; era uma figura sólida, marcada pela linguagem econômica (sem desperdiçar uma fala), cosmopolita e ainda assim respeitando as tradições. Todas essas características são reforçadas no segundo longa, que diferente do primeiro, deixa um pouco de lado o frenesi sanguíneo do anterior e tenta interiozar a personagem central da trama.
Partindo desse ponto, acredito que "A Noiva" tenha mais de Uma Thurman que de Tarantino, que contribui muito com o ambiente para a formação da personagem, mas pouco com sua caracterização. Uma não é mais o fantoche de 1994 em Pulp Fiction, agora ela assume as rédeas e toma a frente da personagem mais humana que Tarantino já criou (vide cena final do segundo longa).
Outro ponto que tenho que destacar é a trilha sonora que, como sempre, é magnífica. A abertura com "Bang Bang (My Baby Shot Me Down)" na voz de Nancy Sinatra, é uma das minhas preferidas de todos os tempos (apesar de gostar um pouco mais da música na voz de Frank Sinatra). O segundo filme tem algumas músicas atropeladas, mas ainda assim continua num nível acima dos outros.
Enfim, pra finalizar, adoro quase todos os filme de Tarantino, mas tenho um carinho especial por esse duo que mostra que o antigo nerd, trabalhador de locadora de vídeos, tinha algo a dizer e firma assim sua carreira. Death Proof (2007) e Inglorious Basterds (2009) solidificaram isso, mas tudo começou com Kill Bill. Antes, Quentin Tarantino era um diretor de cinema, depois de Kill Bill ele virou um autor, quem não compreende a diferença não merece entrar numa sala escura.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

The Spirit - O Filme


Pois bem, voltando à ativa... Assisti novamente (não sei por quê) ao filme The Spirit, adaptação de Frank Miller do clássico dos quadrinhos de Will Eisner. Então, Frank Miller (do qual eu sou fã quase incondicional nos quadrinhos) parece ter sido infectado pela febre do cinema, desde a adapatação de Sin City (muito bem realizada em co-direção com Robert Rodriguez). Frank tem se dedicado cada vez mais aos projetos cinematográficos; o que vinha dando certo, visto os longas 300 e Sin City, mas The Spirit ultrapassa qualquer um desses outros filmes e de certa forma acaba com a imagem de Miller em Hollywood.
Vale relembrar que esta é a segunda passagem do quadrinista pela meca do cinema; na década de 90 Miller fez os roteiros de RoboCop 2 e 3 (os quais ele jura serem muito diferentes do que acabou saindo). Em The Spirit, Miller tentou imaginar como Will Eisner (amigo e mentor de Miller) faria para adaptá-lo às telonas. Para tanto, ele criou um visual bem neutro, com tons sóbrios e pequenos destaques de cor (assim como em Sin City), o que ajuda a ambientação do personagem e a aproxima dos quadrinhos de Eisner. Porém, alguns detalhes ainda me incomodam muito, como o uniforme do personagem, que originalmente é azul e Miller transforma em Preto, mas isso até dá pra engolir.  
Na minha opinião, esta (o visual) é a única qualidade do filme, mesmo sendo um pouco exagerado às vezes. Frank Miller parece ter tentado criar algo "artístico" com as possibilidades do novo cinema digital e deixou de lado a história. O enredo é uma mistura de falas sem sentido, numa história que está longe das pérolas de Will Eisner e que carrega na violência de forma desnecessária. Nem mesmo o conjuto de beldades (Jamie King, Scarlett Johansson, Eva Mendez e Paz Vega) que participam do longa ajuda a salvar o espectador do crime que é assistir essa película.
Não vou me estender muito, pois faltam palavras para "criticar" esse filme. Acho que basta dizer que como diretor, Frank Miller se provou um ótimo quadrinista; o que, sejamos sinceros, também não tem feito muito bem ultimamente. É com muito pesar que digo isso, mas estou gostando cada vez menos desse senhor chamado Frank Miller, que mudou completamente sua personalidade e tem "abanado o rabinho" para os grandões de Hollywood, mas a pergunta que resta a ser respondida; será que Hollywood dará uma terceira chance a Miller?